SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Eliminado de forma antecipada da Copa Libertadores, o São Paulo alcançou o objetivo que lhe restava na despedida da competição. Com uma vitória por 5 a 1 sobre o Binacional (PER), na noite de terça-feira (20), no Morumbi, o time obteve classificação à Copa Sul-Americana. Terceira colocada do Grupo D, com sete pontos, a equipe ganhou o prêmio de consolação destinado àqueles que ocupam essa posição nas chaves da Libertadores. Agora, jogará a segunda fase do outro torneio continental. Não era o planejado inicialmente por Fernando Diniz, mas obter uma vaga na Sul-Americana oferece mais uma chance de buscar um título. O São Paulo não levanta um troféu desde que triunfou exatamente nesse campeonato, em 2012. A classificação também dá a chance de o clube acumular receitas, com uma premiação crescente a cada etapa vencida. O campeão receberá um total de US$ 6,57 milhões (R$ 36,7 milhões), valor que seria importante em um ano de queda de receitas, em razão da pandemia do novo coronavírus. A agremiação do Morumbi não era eliminada na fase de grupos da Libertadores desde 1987. Naquele ano, não conseguiu classificação ao mata-mata em uma chave que tinha o Guarani e os chilenos Colo-Colo e Cobreloa. No adeus à edição 2020 da disputa, o time encontrou um adversário frágil tecnicamente, que havia conquistado apenas três pontos nas cinco rodadas anteriores. Sua única vitória foi justamente sobre o São Paulo, na primeira rodada, um triunfo por 2 a 1 nos 3.800 m de Juliaca, no Peru. Sem a força da altitude nas demais partidas -após a retomada da competição na pandemia, a formação peruana passou a atuar em Lima (1.550 m)-, a equipe não conseguiu mais pontuar. Foram 19 gols sofridos e nenhum marcado nos quatro jogos subsequentes. O 11º colocado do Campeonato Peruano só voltou a marcar na Libertadores nesta quarta, o que significa que apenas o São Paulo foi vazado pelo Binacional. Mesmo assim, a superioridade técnica tricolor ficou evidente no Morumbi. Vitor Bueno abriu o placar em um bonito chute de fora da área, aos seis minutos do primeiro tempo, e Brenner ampliou a vantagem aos 35, em sobra na área. Pouco depois, aos 40, Deza acertou o ângulo direito de Tiago Volpi para descontar. Na etapa final, Pablo, de voleio, aos seis, Arboleda, aproveitando rebote, aos nove, e novamente Pablo, em bom giro, aos 40, fecharam o placar que deu à equipe paulista o terceiro lugar do Grupo D. Classificaram-se na chave o River Plate e a LDU. Também esteve em campo na noite de quarta o Athletico, que já tinha assegurado classificação às oitavas de final da Libertadores. Fechando sua campanha no Grupo C, o time foi derrotado por 3 a 2 para o Peñarol, em Montevidéu. SÃO PAULO Tiago Volpi; Tchê Tchê, Bruno Alves, Arboleda, Léo; Luan (Toró), Daniel Alves (Rodrigo Nestor), Vitor Bueno (Helinho), Igor Gomes (Paulinho); Pablo, Brenner (Trellez). T.: Fernando Diniz BINACIONAL Fernández; Pérez, Mancilla, Fajardo, Reyes; Labrín, Angles, Ojeda; Arango (Gularte), Guachire, Zeta (Jean Deza). T.: Javier Arce Estádio: Morumbi, em São Paulo (SP) Juiz: Facundo Tello (ARG) Gols: Vitor Bueno, aos 6min, e Brenner, aos 34min do primeiro tempo tempo (2-0), Pablo, aos 5min e aos 39min, e Arboleda, aos 9min do segundo tempo (São Paulo); Jean Deza, aos 40min do primeiro tempo (Binacional)