SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Milhares de mulheres foram às ruas em Washington e em outras cidades dos Estados Unidos neste sábado (17) para protestar contra o presidente Donald Trump e sua decisão de indicar uma juíza para a Suprema Corte americana antes da eleição presidencial de 3 de novembro. As manifestações foram inspiradas na primeira Marcha das Mulheres em Washington, uma mobilização anti-Trump que aconteceu depois de ele ter assumido a presidência em 2017. Mais de 100 mil pessoas participaram de cerca de 430 manifestações em cidades como Nova York, Los Angeles e Chicago, de acordo com a organização. Participantes que não estiveram presentes devido à Covid-19 tinham a opção de aderir a uma iniciativa virtual, que pretende enviar cinco milhões de mensagens incentivando o voto no país. Durante as marchas em diferentes cidades, manifestantes também fizeram homenagens à Ruth Bader Ginsburg, a juíza mais velha e ícone progressista da Suprema Corte americana, que morreu dia 18 de setembro aos 87 anos. Muitas estavam vestidas ao estilo Ginsburg, imitando o seu traje como juíza, enquanto outras usavam os chapéus rosa que ficaram famosos na manifestação original. Também carregavam cartazes como “Trump/Pence: Fora já” e condenavam a tentativa do Partido Republicano de indicar a juíza Amy Coney Barrett à Suprema Corte dos Estados Unidos poucos dias antes da eleição presidencial. A votação final que deverá confirmar a nomeação de Barrett à Suprema Corte está prevista para acontecer no fim de outubro. Um outro protesto menor também aconteceu em Washington, em frente à Suprema Corte, a favor de Barrett, com faixas “estou com ela”. A marcha acontece em meio a um clima acirrado de disputa à presidência dos Estados Unidos. O candidato do Partido Democrata à eleição, Joe Biden, abriu vantagem em relação a Donald Trump em pesquisas nacionais e em estados considerados chave, como Flórida e Pensilvânia.