Força de embate contra o reacionarismo deve ser a juventude, diz Caio Horowicz

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ator Caio Horowicz, 24, é protagonista de uma série e um filme lançados recentemente, “Boca a Boca” e “Música para Morrer de Amor”, em que a juventude está no centro das narrativas. Para o artista, essa mesma juventude presentes nas produções representa uma força de embate aos movimentos reacionários atuais. “O mundo está muito reacionário, principalmente em alguns países e núcleos, e o Brasil é um deles. Acho que a força de embate ao reacionarismo deve ser, fundamentalmente, a juventude”, afirmou Horowicz em live da Folha de S.Paulo, parte da série Ao Vivo em Casa, nesta sexta-feira (21). “‘Boca a Boca’ traz essa nova juventude, que a gente pode chamar desses secundaristas que vieram a partir de 2015”, disse. “É uma juventude que vem reinventando e colocando o pé na porta em muita coisa.” “Boca a Boca”, seriado da Netflix dirigido por Esmir Filho, estreou em julho com Horowicz no papel do filho vegano de um poderoso pecuarista, que vive numa cidade abalada por uma doença transmitida pelo beijo. Apesar do paralelo entre a doença e a atual pandemia do coronavírus, o ator afirmou que “o principal trunfo do que a série traz é o vírus do conservadorismo”. “A série não é sobre uma doença, é sobre esse vírus do conservadorismo, sobre essa cidade reacionária que, ironicamente, se chama Progresso.” Em “Música para Morrer de Amor”, que chegou ao streaming nesta quinta-feira (20) depois de trilhar carreira em drive-ins, Caio Horowicz é uma das pontas de um triângulo amoroso que precisa lidar com corações partidos e novas paixões. A quarentena impossibilitou que seus dois trabalhos mais recentes tivessem a agenda de eventos comuns de lançamentos. Mas, para ele, o processo de adaptação às novas ferramentas possíveis em um momento de isolamento social trouxe experiências interessantes. “Para ‘Boca a Boca’, fizemos uma sessão de fotos pelas redes, em que eles me mandaram um tripé, uma luz, um iPhone alugado, e os fotógrafos ficaram por Facetime me dirigindo. Foi uma experiência de muito aprendizado, de novas linguagens”, disse durante a transmissão. Horowicz, que contou ter se formado em artes cênicas por Zoom durante a pandemia, afirma que um ponto negativo da concentração das estreias no streaming durante a pandemia é não alcançar um público que não tem acesso à internet. “Quando voltarmos ao mundo normal, a gente vai ter que repensar como ampliar a bolha.” O ator também pode ser visto atualmente na minissérie “Hebe”, exibida na Globo e disponível na íntegra na Globoplay. Nela, ele vive Marcello, o filho da apresentadora Hebe Camargo. Horowicz já foi visto no papel no ano passado, no filme que deu origem à série, “Hebe: A Estrela do Brasil”. “Uma das coisas que mais me surpreendeu foi, de certo modo, essa característica progressista que ela tinha, por mais contraditória que ela fosse”, comentou sobre o processo de conhecer a carreira e vida da apresentadora. “Ela sempre foi muito progressista, e uma mulher muito forte.”

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