Campinas autoriza retomada de aulas presenciais em cursos superiores e profissionalizantes

AMERICANA, SP (FOLHAPRESS) – A prefeitura de Campinas (SP) autorizou a retomada de atividades presenciais em instituições de ensino superior e de cursos profissionalizantes durante a pandemia do novo coronavírus. A medida consta de decreto do prefeito Jonas Donizette (PSB) que será publicado no Diário Oficial municipal neste sábado (22). As instituições poderão retomar as atividades práticas e laboratoriais desde que respeitem o limite de 35% do total de alunos matriculados em disciplinas que têm esse tipo de atividade, segundo o decreto. A autorização vale também para aulas teóricas dos cursos da área de saúde -medicina, farmácia, enfermagem, fisioterapia e odontologia. Nesse caso, o limite é de 40% do total de alunos matriculados. “Além do limite de alunos, as instituições também devem respeitar as recomendações sanitárias, como distanciamento social, uso obrigatório de máscara e disponibilidade de álcool gel”, disse Donizette em live nesta sexta-feira (21). De acordo com o secretário de Assuntos Jurídicos, Peter Panutto, o decreto municipal está respaldado pelo Decreto Estadual 65.061, que dispõe sobre a retomada das atividades presenciais. Panutto afirmou que os estabelecimentos devem respeitar os protocolos específicos, tanto o estadual quanto o municipal, de combate à Covid-19. Campinas está na fase amarela do Plano SP de reabertura na pandemia. Até esta sexta, a metrópole registrava 25.503 casos confirmados e 937 mortes de Covid-19, segundo dados da prefeitura. Inquérito sorológico Campinas divulgou ainda os dados de seu segundo Inquérito Sorológico da Covid-19, realizado entre os dias 3 e 15 de agosto com o objetivo conhecer a circulação real do vírus na cidade. O levantamento concluiu que 45 mil moradores de Campinas já se infectaram pelo novo coronavírus -ou seja, 3,68% da população. “Campinas está tendo uma boa avaliação de detectar quem está com a doença. Além disso, poucas cidades tiveram sequer um inquérito, nós já estamos no segundo”, afirmou Donizette. O inquérito apontou ainda que a cidade tem 1,8 vezes mais pessoas infectadas do que as diagnosticadas até o momento. No anterior, havia 3,8 vezes mais pessoas infectadas do que as registradas. Segundo o secretário Municipal de Saúde, Carmino de Souza, foram coletadas 1.876 amostras por meio de testes rápidos, das quais 69 tiveram resultado positivo. “Existe um sorteio aleatório na cidade, e o computador sorteia a rua e a casa, que é visitada pela equipe de saúde. Houve uma boa adesão, a população recebeu bem os agentes de saúde, não tivemos nenhum tipo de intercorrência ou problema, assim como no anterior”, disse. A maior prevalência é na população de cor preta (6,8%), sendo que, neste segmento, os idosos são os mais atingidos. Na sequência, vêm os pardos (4,8%) e brancos (3,0%). O maior percentual de contaminação é nos adultos jovens, sendo a faixa etária mais atingida a de 30 a 39 anos. Grande parte das pessoas com resultados positivos afirmaram usar, às vezes, máscara e álcool em gel. A maioria utilizou transporte público e saiu para lazer, compras não essenciais, visitas aos familiares e trabalho. A pesquisa foi realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Saúde, do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) em parceria com o Departamento de Saúde Coletiva da Unicamp. Na última quarta-feira (19), a prefeitura de Campinas instituiu uma multa de R$ 100 -ou o valor equivalente em produtos da cesta básica e/ou de higiene- para quem não usassem máscaras nas ruas, em locais públicos, no transporte e no interior dos estabelecimentos autorizados a funcionar. Até quinta, 51 pessoas haviam sido multadas.

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