SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Uefa quer fazer da Supercopa da Europa um teste para a volta do público aos estádios. O confronto está marcado para 24 de setembro em Budapeste, na Hungria. A ideia apareceu em reunião por videoconferência dos 55 secretários gerais das federações nacionais do continente nesta quarta (19). A proposta inicial era que a experiência acontecesse no próximo dia 3, na primeira rodada da Liga das Nações, mas os dirigentes chegaram à conclusão de que seria muito cedo para isso. Desde a volta do futebol no continente, na segunda quinzena de junho, as partidas têm acontecido em estádios vazios por causa da pandemia da Covid-19. Principalmente nas principais ligas, há preocupação com a perda de receita dos clubes em dias de jogos. Os principais times da Premier League, por exemplo, têm receitas 100 milhões de libras (cerca de R$ 750 milhões) cada por temporada apenas com dinheiro arrecadado em dias de jogos. A proposta alinhavada entre os cartolas é que a Supercopa seja realizada com um número reduzido de torcedores, ainda a ser definido. A capacidade da arena Ferenc Puskas, para onde está marcada a partida, é de 67 mil pessoas. A Supercopa da Europa é o evento que abre, de forma simbólica, a nova temporada do futebol europeu. Reúne os campeões da Champions League e da Liga Europa. Pelo principal título continental, o Paris Saint-Germain (FRA) vai enfrentar o vencedor do confronto entre Bayern de Munique (ALE) e Lyon (FRA). A Liga Europa será decidida entre Internazionale (ITA) e Sevilla (ESP). Na reunião da Uefa, as federações nacionais se comprometeram a tomar medidas sanitárias que garantam a saúde dos torcedores. Uma das preocupações para os jogos de seleções é a situação nos países em que é exigida quarentena de qualquer pessoa que chegue do exterior. Isso pode fazer com que atletas convocados por suas seleções, mas que atuam no estrangeiro, sejam excluídos de partidas eliminatórias ou da Liga das Nações. A proposta é que as federações peçam aos seus governos nacionais que esses atletas recebam autorizações especiais para não ficarem em isolamento. As seleções que não se sentirem à vontade de atuar contra rival que tenha número elevado de casos de Covid-19 podem pedir que o jogo aconteça em campo neutro.