SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O cantor sertanejo Eduardo Costa, 40, tem aproveitado o tempo da quarentena para explorar ainda mais a sua criatividade e, nos últimos meses, tem produzido dezenas de vídeos cantando músicas no formato voz e violão. Em pouco tempo, esse material se transformou no projeto #Na40tena, disponibilizado quase que diariamente no IGTV e YouTube. “Quando surgiu a quarentena, fizemos muitos trabalhos sociais para ajudar o povo e as pessoas menos favorecidas”, diz ele em videoconferência com a imprensa nesta quarta (19), à qual o F5 participou. “Mas um dia, deitei na minha cama […] e estava me sentindo angustiado. Porque nós, artistas, vivemos do palco e precisamos do público. Pensei: ‘Será que minha missão é essa? Arrecadar doações?’. Gravei um vídeo e comecei a receber muitas mensagens. E me senti muito bem. Minha melhor doação é cantar, porque não vim aqui para ficar famoso, mas para cantar.” Com quase 70 vídeos, Costa diz que o projeto é “um dos melhores” que ele já fez. Tanto que, após a pandemia, ele deseja reunir as gravações e transformá-las em um (ou dois) DVD. “Tem vindo um resultado maravilhoso. Me sinto a cada dia mais inspirado.” Neste sábado (22), às 21h, ele ainda fará uma live de dentro de uma concessionária de veículos de luxo em Uberlândia (MG). A transmissão acontece pelo canal oficial de Eduardo Costa no YouTube, e receberá a participação virtual da dupla Israel e Rodolfo. A escolha do lugar, segundo ele, é uma forma de gratidão ao seu público. “Uberlândia é o berço da música sertaneja. Foi o primeiro lugar onde eu comecei a tocar”, diz. “Os grandes artistas têm que tocar no triângulo mineiro. É ele quem forma a opinião, se tratando de música mineira.” Perguntado se se considera um ícone da música sertaneja, Costa afirma que ainda não se acostumou com o sucesso. “Não me sinto assim”, diz ele, acrescentando que fez tudo isso para melhorar as condições financeiras da família. “Não tínhamos nada […] Meu maior sonho foi tudo o que eu tenho.” Olhando para a frente, ele tem a intenção de criar um hospital. “Meu sonho como cantor, como artista, homem, pai, filho, irmão, neto, é ter um hospital do câncer infantil, para poder criar das crianças com câncer. E dentro desse hospital, ter uma ala psicológica para lidar com a família.”