SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Liberado do treino da tarde desta quarta-feira (19), no CT da Barra Funda, Alexandre Pato define os detalhes da rescisão do seu contrato com o São Paulo. Segundo apurou a reportagem, o camisa 7 abriu mão dos salários, multas e até vencimentos atrasados para deixar o clube e ficar livre no mercado da bola. Dessa maneira, o time tricolor calcula uma economia de R$ 35 milhões. Contratado no ano passado, o jogador tinha vínculo com o São Paulo até 31 de dezembro de 2022. O seu salário era alto para os padrões brasileiros, sendo o segundo atleta mais caro do elenco abaixo apenas de Daniel Alves. Além da relação custo-benefício não ser mais considerada ideal pelo clube, o atacante teve a sua relação desgastada com o técnico Fernando Diniz. Na terça (18), o UOL Esporte havia publicado com exclusividade que ele dificilmente voltaria a atuar com a camisa tricolor com Diniz como técnico. Segundo apurou a reportagem, a relação entre os dois chegou ao limite. Após a eliminação no Campeonato Paulista, a postura do camisa 7 não havia agradado. Na preparação para o jogo com o Vasco, o treinador também detectou um comportamento do atacante que não condizia com o momento do time. O time tricolor volta a atuar nesta quinta (20), no Morumbi, contra o Bahia. Anteriormente, no entanto, o comandante chegou a ser um dos principais entusiastas do atacante em diversas oportunidades chegou até a apontá-lo como o mais talentoso do elenco. Mas, após o paralisação de quatro meses nas competições por causa da pandemia do novo coronavírus, o jogador não rendeu mais o esperado, e perdeu espaço. A postura dele nos treinos de sexta (14) e sábado (15), por exemplo, ajudou a deixá-lo longe da equipe na derrota para o Vasco no último domingo (16). Já para o confronto, ele nem sequer se candidatou ao time e, por isso, virou a última opção sendo que nem de longe era visto como tal. O treinador esperava que o camisa 7 reagisse de outra maneira após a eliminação do time no Paulistão e a reserva. O jogador, porém, se mostrou mais aéreo e longe da realidade da equipe. Ainda de acordo com a apuração da reportagem, o Internacional aguarda que a situação do jogador no São Paulo seja definida para fazer uma investida. O Atlético-MG também chegou a sondar, via Jorge Sampaoli. No entanto, nenhum dos dois clubes nem sequer abriu negociação para contratá-lo. Os salários do camisa 7 são considerados altos para o padrão do mercado. Apesar de alguns dirigentes estarem reticentes para avançar na negociação, o técnico Eduardo Coudet já deu o seu aval e se mostrou empolgado com a possibilidade de contar com o jogador.