BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou para uma reunião na noite desta quarta-feira (12) o ministro Paulo Guedes (Economia), titulares de pastas ligadas à área econômica, líderes do governo no Congresso, além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O encontro foi convocado um dia após ocorrer uma “debandada” na equipe do Ministério da Economia e Guedes deixar mais explícita a divergência com colegas da Esplanada. Participarão da reunião Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), que têm batido de frente com Guedes em alguns temas. Além deles, também estarão no encontro o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), o líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), o líder do PP na Câmara, deputado Arthur Lira (AL) e o vice-líder do governo no Congresso, deputado Ricardo Barros (PP-PR). No Congresso, a expectativa é a de que a reunião sirva para o governo alinhar o discurso em relação às medidas econômicas que pretende encampar. Marinho vinha defendendo o aumento de gastos para obras de saneamento, contrastando com o discurso de Guedes de tentar organizar as contas públicas. O receio da equipe econômica é que isso leve ao estouro do teto de gastos. Nesta terça (11). Guedes e Maia reafirmaram que o Executivo não tomará nenhuma medida que implique em flexibilização do limite para despesas públicas. As duas baixas recentes foram de Salim Mattar (Desestatização), que cuidava do plano de privatizações do governo, e Paulo Uebel (Desburocratização), responsável pela reforma administrativa, que busca reestruturar o serviço público.