SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Brasil registrou 1.242 mortes por Covid-19 e 56.081 novos casos da doença nesta terça-feira (11). O país acumula 103.099 óbitos e mais de 3 milhões de infectados na pandemia do novo coronavírus. Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais. O balanço é fechado diariamente às 20h. Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete. De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 1.000, o que mantém uma posição de estabilidade nos dados, embora com números elevados. A média móvel de mortes das regiões mostra que o Sul e o Sudeste ainda permanecem com expansão da pandemia, com aumento de 22% e 6%, respectivamente, em relação à média de 14 dias atrás. No Centro-Oeste, onde o coronavírus ainda preocupa, houve queda de apenas 2% na média móvel. As maiores quedas foram nas regiões Nordeste (15%) e Norte (25%). O Brasil tem uma taxa de cerca de 48,5 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos, e o Reino Unido, ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 50 e 69,5 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente. O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos, tem 40 mortes para cada 100 mil habitantes. Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 10,6 mortes por 100 mil habitantes. A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.